Já ouviu falar da Dieta Low Carb? Sim ou não?

Usei minha “Cobaia” favorita para poder descrever sobre a mesma. Quem? Eu.... Isso mesmo, eu testei.

Primeiramente como sou nutricionista, me sinto na obrigação de me atualizar sobre tudo que surge como novidade na minha área, depois de obter tais informações que posso tecer qualquer comentário sobre o assunto. Como a nutrição é uma Ciência, a mesma nunca será exata e constante, e sempre passará por mutações, sendo assim, não podemos nos restringi a um único padrão de conduta, pois cada plano alimentar é único, porque o que serve para "X" não servirá necessariamente para "Y", o "Y" passará por adequações ou mudança de conduta.

Muitos se queixam de tal fato, todavia não há como se abster, pois com a evolução da tecnologia não se requer muito esforço para ter acesso a novos estudos e pesquisas. Por esta razão frequentemente assomam-se novas descobertas. Entretanto, devemos ser cautelosos com modismos ou informações generalizadas, pois nem sempre o que é "bom" para alguns indivíduos é "bom" para outro.

Por esta razão resolvi me atinar ao plano alimentar paleo ou do paleolítico ou LCHF (low carb high fat), que prega o consumo de alimentos de forma saudável e natural, priorizando o consumo de proteínas animais, gorduras, frutas, legumes, vegetais e eventualmente raízes. Exclui-se os grãos, especialmente o trigo.

Ao contrário do que já ouvi não se trata de uma dieta lipoproteica, a proteína é mantida de forma normal, aumenta-se o consumo de lipídios (gordura) e diminui drasticamente o consumo de carboidratos. Não vou desmiuçar muito como é feita a dieta (Vá a meu consultório, lá conversamos, rsrsrs), pois minha intenção aqui não é divulgar ou passar planos alimentares de internet, visto que prego que estes precisam ser individualizados.

Todavia, vou ressaltar alguns pontos positivos e outros negativos da dieta em questão:

POSITIVOS

- É uma alimentação que promove imensa saciedade por causa do consumo de gorduras, mas não vá pensando que é qualquer gordura, as priorizadas são as naturais, como, óleo de coco, abacate, azeite, manteiga ghee, dentre outras. E isso é um ponto que deve ser exaltado principalmente quando se trata de pacientes com compulsão alimentar.

- O minguamento do consumo de trigo e industrializados é sempre bem vinda a grande computo de pessoas. O trigo tem numerosas questões inflamatórias que variam em grau de pessoa a pessoa e os industrializados por sua vez são o "mal do século", pois nos intoxicam, desnutrem e causam diversos desequilíbrios no organismo. Isso é um ponto muito positivo estimulado pela dieta.

- Não senti queda na redução de energia, por mais incrível que pareça. Tudo bem que vale ressaltar que me alimentei com produtos (alimentos) extremamente nutritivos.

- Segundo relatos e estudos, há uma considerável melhora nos níveis de glicemia, triglicerídeos e colesterol. Há também diminuição de gordura no fígado (outro ponto a ser ressaltado). Então por estes fatores descritos não podemos considerar a gordura com um grande "vilão", se a mesma for utilizada de maneira correta.

- A perda de peso para grande parte dos adeptos é rápida.

NEGATIVOS

- Como qualquer outro plano alimentar não deixa de ser restrito, não exatamente de calorias e quantidades, mas sim de grupo alimentar. Particularmente não sou familiarizada com a palavra restrição. Procuro estimular meus pacientes a fazerem boas escolhas por prazer ao invés que por obrigação.

-  A dieta em questão não leva em consideração diferenças bioquímicas entre indivíduos.

- Apesar da variedade de opções de receitas adaptadas (eu mesmo montei um grande acervo), ainda sim é uma dieta que pode restringir em termos a vida social.

Concluindo e principalmente levando em consideração os pontos positivos e negativos da dieta em questão eu como profissional sempre angario o equilíbrio adequando-o ao meu paciente de acordo com suas reais necessidades, não deixando de levar em consideração o estilo de vida, objetivo e necessidades do paciente, pois ainda é o melhor caminho para o ganho de saúde e perda de peso.

Por isso a importância de se procurar um profissional, pois só debatendo as necessidades e objetivos individuais em uma consulta é que podemos definir qual seria a melhor estratégia alimentar. 

IMPORTANTE FRISAR, MAIS UMA VEZ, NUNCA SIGA QUALQUER TIPO DE PLANO ALIMENTAR, ESPECIALMENTE OS RESTRITIVOS POR CONTA PRÓPRIA. PROCUREM UM NUTRICIONISTA PARA TE ORIENTAR.

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